sábado, 31 de março de 2018

TEMA 6: Sigla SSC (São/Seguro/Consensual) ainda rege BDSM, ou se encontra desatualizada?


Qual sigla mais se adéqua a vc ?

DOM RAFA:
Será que devemos nos reger por estas siglas?
R: Sim, pois aí está a segurança em todas as práticas, nunca fazer o que não foi acordado nem conversado
Será que o BDSM realmente é SSC?
R:  São, certamente; Seguro, às vezes, nem tanto; Consensual, sempre.
Com a evolução do BDSM será que SSC já não estará desatualizado?
R: Não, as coisas são adaptadas, mas o conceito continua válido.
Qual as siglas que mais se adéquam à vc ?
R: RACK, sigla q significa: Risk Aware Consensual Kink, traduzindo literamente: Perversão Consensual com Riscos Conhecidos. Tomando como base a definição encontrada na Wipikedia, versão inglês, vamos esclarecer o que significa cada um deles:
·                    Risk-Aware (determinação/consciência de riscos): Ambos, ou todos os parceiros, estão bem informados dos riscos envolvidos na atividade proposta.
·                    Consensual: Conhecidos os riscos, os parceiros, de espontânea vontade, oferecem consenso preliminar para realização da atividade.
·                    Kink:(perversão) Atividade classificada como sexo alternativo.

DOM LA:
Eu não concordo. SSC diz 100% São,100% Seguro e 100% Consensual. Nem na vida quotidiana somos 100% Sãos, tão pouco estamos 100% Seguros em nossas decisões. A sigla está desatualizada SIM. Muitos a utilizam para chegar onde querem, pois Pissing não é Seguro, CBT não é Seguro, Eletro não é Seguro, Poneyplay/Dogplay não são Seguras. Em termos rigorosos, nenhuma prática é segura o suficiente para garantir utilização da SIGLA, nem mesmo no mundo baunilha. Acho que a mais atualizada e que mais se aproxima ao SSC é o RACK, como Rafael esclareceu.

MARCI:
Confiança é o alicerce de qqer sã relação no BDSM... requisito sine qua non para q eu me deixe amarrar/amordaçar/vendar... e torturar; confiando, NÃO SÓ q, caso algo aconteça o Dom saberá o q fazer.... mais do que isto....  confiando q nada acontecerá.
Li isso aí na literatura BDSM outro dia... e curti, apesar de saber q nem sempre é assim... Li tb outro trecho q recomendava, insistentemente, SABER SEMPRE ONDE FICA A PORTA e como fazer para abrí-la...

HOMURA:
Acho imprescindível o SSC. Na verdade, até já tive de sair fugido da casa de um cara uma vez. Por isso acabo ficando meio receoso, por vezes.
Ele não queria respeitar os limites e chegou a começar a bater pra valer na minha cara.  Como era daqueles bombadões de academia não tinha força suficiente pra me defender e tive de sair correndo.

MARCI:
Top ou bottom o q comanda é a natureza do DESEJO de cada um... e por conseguinte, de Seu PRAZER. Entre D/S... no jogo de satisfazer o OUTRO para colmar a SI próprio, no Jogo de espelhos de Bdsm. Em termos rigorosos, a sexualidade não convencional bdsm, apesar de suas regras e bases de segurança, desborda confins do SSC... inclusive com acidentes graves e fatais em práticas extremas, como sufocamento e fisting. A sigla Rack (consciência consensual do risco na prática perversa) foi formulada para abraçar de novo em Bdsm o transbordar de confins da Sanidade e Segurança, apelando para o princípio da “liberdade de consciência e ação” de cada um. Acho justo que se mantenham AMBOS os parâmetros (SSC e RACK), de forma que o mais ousado e o mais retraído, todos estarão sob o manto de Bdsm. A SIGLA SSC é limitada, mas continua válida. Mantém seu limite restrito de validade... quem quiser ampliar o limite... lance mão de RACK. Em epistemologia ou doutrina da ciência se diz que Einstein superou Newton.... mas Newton mantém sua validade, dentro de um limite circunscrito no universo maior da Nova Física q o superou... São sistemas válidos para realidades limitadas. Regiões limitadas do Saber q sempre evolui e sempre se supera.

DOM LA:
Nem mesmo o ambiente doméstico é 100 % seguro. Imagine vc lavar a louça e se corta, lá se foi a segurança. Aliás, O ambiente doméstico é onde mais ocorrem acidentes...

MARCI:
Acho fundamental q exista esta declaração de princípio ou de intenção que guie as práticas. Mesmo se: Shit happens!!!! Tirando isso, realmente vira circo de horrores !!!!! É como no caso dos acidentes domésticos. Estatísticas denunciam altíssima ocorrência, mas ninguém pensa, por isso, em declarar residências privadas como ambientes não seguros. É necessário bom senso para perceber q acidentes acorrem em todos os campos de nossas vidas, mas necessitamos de parâmetros de conduta, sobretudo no q concerne sexualidade alternativa e desviante como a nossa.
Por isso defendo a dobradinha: SSC + RACK. Como Newton + Einstein.

LORDE NIKO
Vejo SSC de um outro ângulo. Acredito que a sigla não abrange todos, não é uma regra pra todos, mas é particular de cada um, inclusive Dominantes, até nós temos nosso SSC, algo que não conseguimos fazer por não nos causar prazer.
Se atribuímos SCC a risca ao BDSM, não praticaremos nada, todas as práticas em certo ponto perdem a segurança, como o Dom LA colocou, concordo com ele.
A um tempo um dos participantes do grupo comentou a respeito do seu gosto por Ballbusting, postou fotos de até 3 caras pisando em seu saco, a dor intensa o fazia gozar...  E foi questionado a respeito do nível de prática dele, que poderia causar problemas, esterilidade, até a perda das bolas. Disse que tinha consciência do risco, sabia de tudo, mas aquela era sua forma de alcançar o prazer. O SSC dele é diferente de quem está começando agora no Ballbusting.
A sigla significa São Seguro e Consensual... Mas se for Consensual, nem o São nem o Seguro impedem vc de atingir o seu prazer.

DOM LA:
Exatamente por isso a sigla Rack se aproxima mais da realidade porque diz que os riscos são de conhecimento mútuo. Não deixa de ser seguro, porém todos sabem os riscos que estão a correr.

LORDE NIKO:
O que divide é a falta de compreensão de limites, um dos outros... SSC apenas permite uma relação saudável entre os desejos de um com os desejos do outro. O erro é achar que seus limites (me refiro aos subs) são universais.

MARCI:
Exato. Limites são sempre pessoais, e como tal, devem ser respeitados. Está a cargo do Dom e do próprio Sub tornar tais limites flexíveis. A sigla RACK veio, sucessivamente, confirmar a possibilidade do desbordamento... reabraçando no bdsm o risco extremo, desde que exista CONSCIÊNCIA CONSENSUAL. Parece que repetimos aquilo no q já havíamos concordado. SSC foi superada por RACK. Uma é parcial, outra é mais geral. funcionam bem juntas...

DOM LA:
 Exato. Só que se eu disser ao Sub que não me vejo por SSC, é sim por Rack, ele automaticamente vai me deixar de falar, por falta desse conhecimento.

Lord NIKO:
Eu vejo o SSC mais do que o RACK... Acho o RACK mais último caso, quando o acidente acontece e é aceitável por que o sub assumiu o risco e quis seguir.

MARCI:
Como o alargamento do Ku q deseje ser fistado. Com calma, flexibilizando limites, entre Dom e Sub, UNIDOS na prática,  um dia chega lá... até desabrochar a Rosebud !!!!


TEMA 5: Irmãos de coleira


Para o Dom como lhe dar com tal situação?
Para o sub com se controlar no ciúme?

PEDRO:
Não se controla, irmão de coleira a gnt morde, quando o Dono não tá vendo e ameaça até ele fugir.

LORDE S:
E um saco.  E exige muita paciência e jogo de cintura.
Ao contrário do que todo mundo pensa, nem toda vez se resolve na cinta. Só em casos extremos. O ciúme e algo inevitável, mais para o Dom, firmeza e serenidade tem que estar lado a lado. E pra o Sub a quebra do orgulho é fundamental.
Conversas sinceras tb são essenciais.

DOM LA:
O termo "Irmã de coleira" não significa que as partes envolvidas necessariamente tenham que ter uma relação fraterna ou parental, mas devem manter entre si o respeito mútuo, haja visto que cada uma delas é  posse preciosa de seu Senhor, e como tal devem ser tratadas como Bem de inestimável valor. Pelo menos, em teoria, é o que deveria acontecer, mas será que realmente, o que é lindo na teoria acontece na realidade?
Em teoria numa senzala, canil, reino ou seja lá qual nome o Senhor deseje utilizar, não deveria haver entre as submissas animosidade, inveja ou mesmo ciúme. Afinal, todas devem ter em mente que estão ali com o mesmo objetivo: servir e satisfazer seu Dono. Portanto, não deveria existir entre elas sabotagem, fofoca ou coisas do tipo.
É corriqueiro ver algumas submissas, que são irmãs de coleira, bradarem aos quatro ventos o quanto suas relações são perfeitas e como sua irmã de coleira acresce positivamente para que isso aconteça. Ver tal amor entre elas me faz pensar o quanto são mulheres evoluídas por deixarem de lado sua natureza feminina, que demanda competitividade e desejo de exclusividade, para o bem comum da relação, muito embora saibamos que perfeição não existe nem em relacionamentos que envolvam apenas duas pessoas, quem dirá então numa relação que envolve três ou mais pessoas. É sabido que quando decidimos dar vazão aos nossos desejos de ter uma relação D/s temos que deixar de lado tais sentimentos, que tem mais a ver com nossa vida baunilha, tais como o ciúme, e no caso, sendo sub, nosso sentimento de posse e exclusividade. Mas não podemos esquecer que antes de qualquer rótulo utilizado, nossa natureza primitiva não é facilmente modificável, por mais que tenhamos força de vontade. Leva tempo e discernimento para mudarmos certas coisas.

NANDO:
Um Dom, deve ter a sabedoria de como conduzir seus Subs, saber e fazer com que ambos se dêem bem, em prol de um único objetivo: servir ao dom. Ter a percepção de não causar ciúmes, nem tratá-los diversamente para não gerar desentendimento ou desavenças. Ao escolhê-los como irmãos de coleira, o Dom os considera complementares.
Antes de tudo, o respeito, pois existem irmãos mais velhos e mais novos, ou seja, aqueles que estão há mais tempo com o dono... Os dois devem se unir para juntos agradar seu dom, evitando causar-lhe aborrecimento.

LORDE S:
Infelizmente o sub que pensa que vai ser o único pro seu dom esta destinado a frustração.. a não ser que seja perfeito (o que não existe nem em sonho), pois como Tops queremos sempre nos aprofundar nas práticas e, com isso buscamos outros subs pra realizar nossos desejos.
Mas no momento que os subs compreendem essa realidade as coisas fluem
Vc.s não são obrigados a morrerem de amores pelo irmão de coleira, mais são obrigados a respeitá-los. Estou, há 4 meses, envolvido no processo de aceitação entre meus meninos.. muitas vezes tive que ser rude e grosso, jogando mesmo na cara deles que vai ser assim. E q se não gostarem nada os segura...
Eles tem muito mais a perder do que eu, por isso estão comigo..
Não é fácil mas, por isso mesmo, me sinto satisfeito.


TEMA 4: Mudança de visual imposta pelo Dono



Caso um Dominador imponha mudanças de visual ou de corpo ao Sub, o que ele deve fazer? 
Qual é o limite para tal comportamento?

ROAANS:
Se for mudança para o bem da pessoa será bem vinda... como fazer musculação ou um bom corte de cabelo, como boa alimentação ou disciplina a respeito de roupa.  Agora, sobre tatuagens ou outras formas de “deformação”... realmente, acho abuso... porque temos vida social, emprego, etc...


LORDE NIKO:
Eu concordo... Mas existe tbm mudança com intuito de humilhar... Isso tbm está dentro do BDSM, como o CD (Cross Dresser), visto ontem... que não precisa necessariamente de algo público de mais. Mas vestir uma calcinha por baixo de tudo, por exemplo, raspar a cabeça, tbm já vi.  Assim como, marcas permanentes, tatuagens, branding (marca c/o ferro incandescente) , que já dependem de algo mais avançado, uma consciência mais madura, tanto dos subs quanto dos Doms.

SAMUEL:
Confesso q isso me estimula muito!!! Uma mudança imposta pelo Dom só me soa como algo humilhante e submisso, e isso me agrada muito. Claro q pra uma mudança mais radical é necessário q sub e Dom já tenham uma relação há algum tempo, não é coisa de uma ou outra sessão ou, ainda mais, pode ser o caso de se chegar no privado pedindo essa ou aquela mudança... Mas curto bastante!!! E aí nesse caso consigo ceder sem relutância às imposições do Dom...

MARCI:
Acredito q a mudança de visual seja um grande estímulo ERÓTICO nas relações de D/S. Eu ficaria orgulhoso em atender exigência de eventual Dom a quem eu concedesse o DOMÍNIO de mim... sem temor. Nenhum..., pq afinal, as coisas podem ser ponderadas. Não há nenhum risco....
E se houver desacordo, existe o Instituto da QUEBRA DE CONTRATO!!!!
Concordo com Lord Niko q.do reclama do "ku doce" q fazem....
Ingressamos numa turma radical, de uma humanidade q já anda meio doida... pra depois ficar buscando pêlo no ovo... porra !!!!

LORDE NIKO:
Tudo depende do acordo prévio... Não é: "Vc não vai cortar meu cabelo por que eu não quero". É: "Senhor... Eu tenho uma imagem pública a zelar, por isso cortar meu cabelo é inviável. Por favor, poupe-o".

THIAGO:
Sobre o tema do dia, o fato do Dom moldar seu submisso ao próprio gosto é magnífico.
Quando me disseram uma vez que meu corpo não me pertencia mais, essas palavras soaram como música pra meus ouvidos de sub, como soam até hoje, desde pedir autorização, acatar ordem ou negativa pra fazer barba ou cortar cabelo, me depilar ou não me depilar, entre todas as modificações corporais possíveis, das mais simples às mais radicais, dentro dos limites concordados. Enfim, é magnífico ser moldado ao bel prazer do Dono, não interessa ao sub, num momento inicial, saber se o motivo é por Ele achar Belo e atraente, ou por humilhação, caso o  desejo do Dom seja um visual atentamente feio. Interessa sim aprender a ser quem o Dono quer que ele seja. Agradar, atrair e satisfazer passam por aí. Tão bom ser um escravo modificado pelo Dono Rafael ao seu bel prazer. Obrigado meu Senhor!

sábado, 17 de março de 2018

TEMA 3: Dominadores podem partilhar/admitir fragilidades com BDSM.ers em geral? SUB-TEMA: Como definir/domesticar Brats?


DOM RAFA:
Brat é o Sub rebelde que gosta de aprontar para receber punição.
Bom minha humilde opinião.
No início de minha trajetória eu acreditava com todas minhas forças que um Dom não tinha que ter fragilidades, porém depois de alguns anos, entendi que apesar de rótulos, somos seres humanos e que temos nossos momentos de fragilidade e temos o direito de vivê-las.
Se temos um sub de verdade, ele estará ao nosso lado para nos amparar nisso tbm.
O Dom tem que ser visto além de um ser superior como um ser humano, passível a todo tipo de sentimento, até os mais frágeis.
Brats são Subs rebeldes por natureza, que tem prazer em fazer isso para ganhar punição depois.
Como domesticá-lo, eu não sei.... pois não tenho paciência com eles huahauhauuah.

MARCI:
Acredito q compartilhar fragilidade/dificuldade com o DOM seja uma espécie de troféu da INTIMIDADE... coisa pra ser partilhada no mais secreto canto do refúgio doméstico. Não devem ser hulks... Mas não curtiria Dom q demonstre a todos seu momento negativo.
Frágil aki sou eu...
Brats não são Subs pq não curtem submissão, só na cena/instante da prática, onde recavam prazer. Surgiram do AGEPLAY... são pirralhos instigantes q provocam para tirar proveito dos doms, instigando-os à tortura q curtem.
Sua natuteza é essa... portanto não mudam... fazem parte do cenário Bdsm assim como são.
se submetem q.do kerem.


ARTUR:
Eu gosto de saber q estou lidando com seres humanos, então se meu dono precisasse desabafar ou ser frágil em algum momento, eu o apoiaria como possível, mesmo q precisasse sair da posição de sub. Isso não fragilizaria nossa relação, ao contrário, acredito q aumentaria nossa intimidade e me faria admirá-lo ainda mais.


LORDE S:
Posso dizer que tenho boa experiência neste assunto.
Brats são verdadeiros porres na cabeça...
ÔH raça difícil de lidar.. Sempre cheios de opiniões e sempre com respostas pra tudo...
Então, sabendo disso, bater de frente com certeza é o pior caminho a seguir...
Entretanto, quando um Brat subjulgado se torna fiel, seu senso de proteção pelo dominador é extremamente forte.
Brats são como Subs com personalidades extremamente fortes. Nunca deixam qualquer um entra em seu íntimo...
O fato de um Dom mostrar fragilidade o torna fraco aos olhos do Sub?
Depende do modo como tal fragilidade é exibida. Querendo ou não, o submisso busca um porto seguro, um homem forte e firme para se apoiar e servir.
Mas haverá momento em que o Sub deverá confortar seu Senhor.
Não somos feitos de aço e ferro. Em tais momentos, precisamos nos derrubar pra nos reconstruir... Neste momento a ligação Sub/Top se faz forte. Q.do o Dom demonstrará fraquezas que possui e se tornará forte com o apoio de seu servo...
Lembrem-se: fragilidade não é o mesmo que desqualificar-se.
Demonstrar fraquezas e não elaborá-las visando fortalecê-las.... isso sim o enfraqueceria.
Sou Lord Sombrio e para sempre lord !

SAMUEL:
Doms podem ter suas fragilidades e podem se abrir com os demais Doms.
Não acho legal, porém, que Subs conheçam fragilidades de seus Doms.
Brats me parece que são rebeldes por natureza e não gostam de acatar ordens. Sinto-me um pouco Brat, no sentido de que não gosto de servir por servir, de bajular Dom, de ficar fazendo suas vontades...
Eu faço se for obrigado!
Eu preciso sentir a força agressiva do Dom para fazer tudo isso.
Então não sou um submisso nato que quando vê o Dom já vai lambendo seu sapato.
Eu preciso de coação. Se isso for ser Brat, então eu sou.

LORDE S:
Os Submissos criaram uma imagem de força e grandeza, que afirma todo dominador como grande, macho, de fala grossa e mau.
E isso impregnou o conceito, tanto que, se o Dom demonstra fraqueza o Sub já o desqualifica como dominador.

YURI:
Somos humanos e sabemos disso. Então mesmo q o Sub ache que o Dom é superior ou infalível, isso não passa de uma ilusão. Se superarmos relação fictícia e fetichista entre Dom/Sub, será normal encontrar fraquezas e fragilidades. Se ficarmos só na seção fetichista, será mais gostoso a irrealidade da superioridade e o tesão da invencibilidade.

NANDO:
(postou trecho de texto já postado no outro grupo)
“Atrás da necessidade de domínio existe um ego que necessita, o tempo todo, ser reforçado pela sensação de poder!
Dominantes verdadeiros têm egos enormes e do tamanho exato para estar em equilíbrio com todo o seu alicerce, logo, não há necessidade alguma de se obter a sensação de poder para um reforço de ego. Diferente dos pseudo dominantes que têm egos inflados, no Dominante o poder apenas flui. Acontece. Algo bem difícil de explicar. E acontece o tempo todo, pois um Dominante é um líder natural... sempre.
Para um Dominante não existe um personagem. Ele é o que é.
Logo, na área do Domínio, se existem pessoas definitivamente Dominantes e bem resolvidas, também existem pessoas definitivamente problemáticas.
Existem pessoas que criam um personagem e passam a maior parte do tempo interpretando este “gostaria TANTO de ser assim” “.

SAMUEL:
Não gosto de provocar Doms. Só não curto bajulação à toa. Pra que eu entre no espírito da coisa eu necessito sentir-me forçado a isso pelo Dom. Quando sinto que estou nas mãos do Dom, sem saída, que ele pode fazer o que quiser comigo, minha única opção é obedecê-lo. Aí sim o jogo funciona.
Me ignorando não vai rolar nada, nunca. Pq não vou rastejar pelo Dom. E se ele não me obrigar a nada, então nada acontece.

Não é questão de desrespeito. É que o respeito só vem quando sou forçado a tê-lo. Quando o Dom mostra como as coisas funcionam.

THIAGO:
Tem seu sentido. Mas discordo do não rastejar ao Dom, dele ter que te obrigar a se submeter (consensual está também em saber agradar).
Mas ainda sim, a naturalidade das coisas é o melhor caminho.
Cansa forçar alguém a ter respeito por mim...

SAMUEL:
Ai, não sei. Então eu sou brat mesmo, não tenho nada de submisso, pq não rola essa devoção gratuita comigo

MARCI:
A meu ver não há do q discordar... um rasteja, outro não rasteja, são diversas modulações do desejo... mas ambos cumprem seu destino de satisfazer ao DOM... recavando disto imenso prazer em retorno... somos Bdsm.ers... como vamos discordar, se uma harmonia suprema de gemidos, estalos na carne e urros sufocados nos unem, em cada cena....

YURI:
Como seres humanos, em qualquer relação interpessoal, acredito que as duas pessoas devem se moldar uma a outra.
Conceber um Dom como uma figura intangível e férrea é colocá-lo em uma posição inumana. Isso não faz bem a nenhuma das partes, a meu ver. E se torna o principal pretexto para homens abusivos que se colocam como Dominadores. "você vai fazer, por que você tem que se adaptar ao que eu quero"
Me posiciono discordando dessa dinâmica.S
Sem o código SSC o limite entre BDSM e abuso é tênue.

THI:
concebo a submissão na essência : cabe adaptar ao Dom e não Ele à nós.
Minha opinião

YURI:
Esse tópico é especialmente sensível pra mim pq o impacto que um homem abusivo tem na mente de um submisso em formação pode ser devastador. Um submisso em formação, que não entende o que está acontecendo consigo, não vai ter apoio da família ou dos amigos baunilha, vai procurar orientação e guia na figura do Dom.
E se o Dom não for um Dominador de verdade, que assume as responsabilidades e deveres dessa posição, então o submisso pode sofrer danos psicólogicos drásticos. Ou, no pior cenário, acabar vítima de um maníaco.
A contrapartida de algo sem consentimento, algo não consensual, é a violência.
Sexual, física, psicólogica... Viver sob filosofia Bdsm é viver no limite do espectro entre seguro e prejudicial. Se não existirem regras fundamentais pra viver sob essa bandeira, Bdsm se confunde com abuso.

LORDE NIKO:
Acredito que Bdsm não seja qualquer relação interpessoal, uma relação Bdsm é baseada em desigualdade. O contrário do que vc diz... Isso que vc descreveu é uma relação comum... O que chamamos de baunilha..... Marido e mulher... Marido e marido... Sempre deixo claro aos subs para não baunilhizarem o Bdsm... Transformá-lo em algo meloso, da forma que lhe convém, para se sentirem mais confortáveis em fazerem o que bem entenderem...

YURI:
Desculpe. Você acaba de descrever a definição de abuso, por qualquer pessoa que leve a filosofia Bdsm a sério e estude ela.
Bdsm é uma filosofia baseada em DESIGUALDADE CONSENTIDA. Não existem seres superiores ou seres inferiores naturalmente. Isso pode ser dito nas sessões... isso sobre inferioridade do Sub, sobre superioridade do Dom.
Não é real. É construção e fantasia. Serve ao propósito de excitar, em uma sessão. O conceito de superioridade real e eugenia está completamente fora do BDSM, que se baseia em eu, como Sub, confiar em vc o suficiente para deixar o poder de decisões na sua mão, sabendo que vc não vai me machucar e vai se preocupar com meu bem estar e com minha saúde física e emocional.
Se alguém que se diz Dom não coloca isso em primeiro lugar, desculpe, não está seguindo BDSM. Está usando BDSM para liberar um comportamento abusivo.

MARCI:
A visão de Yuri desenha uma abordagem da Vida e Arte Bdsm com a qual concordo total/...
Os estilos de Dominação são tão variados q.tos forem os Dominadores. Essa é a chave da questão. Lidamos com a dificuldade em aceitar pontos de vista diversos da Arte q nos agrega... São modulações q permitem flexibilidade para ACOLHER expressões variadas.
E isso nos ENRIQUECE. Cada um tem sua posição como fruto de sua vivência pessoal... de sua formação, experiências e relações. Outras pessoas terão outros modos de ver a realidade, e q.to mais variada for a interpretação da realidade, maior será o n.o de pessoas q. poderão sentir-se acolhidas nela.
LORDE NIKO
Eu acredito que cada Dom tem seu estilo de Dominar... Não cabe ao Dom mudar seu estilo pra dominar um sub em específico... Sim ao sub, quando se entrega, abrir mão de si e priorizar o prazer do Dom que ele escolheu

MARCI:
Esse é Seu modo de ver a coisa. Na verdade, durante o período que precede o acordo prévio, q.do DOM e SUB tratam ainda fora do vínculo D/S, fixando regras, limites, etc... cada um avalia por si até onde ir, em vista de efetivar a relação. A literatura BDSM fala claro: aqui não existem ainda vínculos de D/S. Falam de igual para igual. Existe ampla margem de autonomia garantida aos 2 polos da dupla D/S, propositalmente para que possam fixar um ACORDO. Para que cedam e se encontrem.
Domínio e Subjeção são uma polaridade complementar. Cada um trás consigo o mistério do desejo do outro... possuem reciprocamente a chave do prazer um do outro. O Domínio encontra na Submissão seu complemento, enquanto esta realiza no Domínio seguro, seu alívio...

LORDE S:
Objetivo no bdsm não é impor mas compreender, não é força mas se entregar, não  é inibir mais evoluir..

LORDE NIKO:
Por que não trabalhar esses limites? Por que não se permitir? Por que não priorizar o prazer do Dom? Por que não aceitar seus próprios desejos e deixá-los fluir?
Não deixem afirmarem a vc.s que BDSM é interpretação, é faz de conta, por que é algo que vc.s realmente sentem, não é inventado, é puro. Por isso fico com sangue nos olhos quando vejo essas afirmações, me sinto insultado quando dizem que nossos desejos não passam de meras fantasias, quando é algo que já não conseguimos mais deixar de praticar, quando já é parte inseparável do nosso prazer.

A conclusão deste longo item sobre fragilidade dos doms,
citamos trecho de Kadu Dominus Regnator:

“Dominar ou não dominar? Eis a questão!
Será mais nobre suportar todos esses pseudo-subs tragicômicos, que vivem colocando-nos obstáculos, não quero isso, não pode aquilo, não toque aqui?
Eu quero DOMINAR, nada mais; e dizer que todo o meu prazer vem das dores, da opressão, das mais de mil chibatadas ininterruptas sobre a carne – esse é o meu maior prazer. Dominar, dominar e dominar... talvez trepar – eis o dilema, pois os subs que vem com ânsia de servir querem ser livres depois da última gozada. Servir e correr. Esse é o motivo da angústia da minha vida!”



quinta-feira, 15 de março de 2018

tema 2: RELAÇÃO ENTRE IGUAIS




Tema 2: RELAÇÃO ENTRE IGUAIS

Ou seja: como deve ser a relação entre Sub e Sub e a relação entre Dom e Dom? E os Switcheres?

LORDE S:
Dois submissos poderiam dar certo, mas a falta de autoridade iria causar frustração, com certeza..  Dom e Dom seria uma luta de egos terrível, pois ninguém iria querer se submeter ao outro...
Acho interessante encontros para práticas, em eventos Bdsm, pois neles Subs podem avaliar se seus Tops fazem jus ao cargo que exercem,  pois a postura de cada um falará por si só...


DOM RAFA:
Relação entre iguais e se apaixonar por pessoas, para mim acontece, às vezes, por terem os mesmos ideais. Devido as necessidades sexuais, se os dois conseguem se acertar tem tudo para dar certo. Depende muito de conversa e de entender que nunca jamais um será Sub ou Dom um do outro. A vida nos dá milhões de possibilidades, só depende de nós mesmos nos permitir.

THIAGO:
Sobre o tema, penso que o respeito deve ser a base em qualquer relação. Após isso o bom senso à hierarquia e coleiras passa pelo respeito também. Entre Subs a relação que pode na maioria das vezes ser de amizade favorece ao crescimento mútuo (o que acredito aconteça aos Doms). As relações exprimem tantas possibilidades e cabe ao bom senso e já dito respeito as guiarem. Sem falar que esse mundo é tão reservado no Brasilis que quando se tem oportunidade de novos contatos, melhor ao BDSM, que cresce com substância.

RMNUDI:
Acho inviável a relação fechada nos moldes da cultura BDSM entre dois Doms. Necessitará em algum momento abrir a relação pra encontrarem um submisso.
Um Dom, pode suportar até certo grau sua natureza imperativa.
Mas, a certo ponto, não há paixão, amor, interesse que possa anular nosso instinto.
Se o submisso já teve relação BDSM com um Dom verdadeiro, ele poderá se converter em switcher. Penso assim, pq nossa posição de Dominadores é muito satisfatória.

DOM LA:
Porém existe a possibilidade de dois Doms namorarem e terem subs para os satisfazer
Afinal sexo é sexo e amor é amor...

RMNUDI:
Como disse, em algum momento a relação precisará ser aberta. Não vislumbro relação BDSM entre DOMS, mesmo que um Dom seja ATV, e o outro PSV.
Quem é dom não vai aceitar ser subordinado.
O sexo pode ser bom, mas será baunilha. Acredito

DOM LA:
Na minha opinião acho que dois Doms mesmo atv.s, podem ter uma relação pois, se existem Subs para servirem ambos, subs que sejam dos dois, eles podem usá-los para saciar sua parte sexual.

MARCI:
Queridos Sr.s, desde ontem estive tímido a respeito deste tema... pq acredito ter dado ocasião a alguns mal entendidos... na evolução da discussão... parece ter tomado um sentido que ontem me parecia mais marginal... mais à margem, mesmo se já comentado por Dom LA. Ontem se falava mais nas relações sociais... e portanto, no nosso caso, relações virtuais... já que somos uns 30 Bdsm.ers, espalhados pelo País.
Agora vingou o aspeto de ligação afetiva... entre iguais. Nesse caso, sobre DOM/DOM não me exprimo, mas no resto... Sub/Sub.... comandará a emotividade de cada um.
Como se diz: “As vias do Sr. são infinitas"
Cada um encontrará o meio de buscar satisfação... perdão rolling stones....
Concluo optando pela via da PAIXÃO... aquela paixão totalizante à qual me refiro... não a romântica... aquela similar a do cristo... que inclui dor e gozo.... alegria e suplício, tormento... como aquele dripping da vela sempre no mesmo ponto da cabeça do pau do cara... essa paixão ameniza o aut/aut (ou/ou) de Dom LA... ENTRE AMOR ou SEXO... essa paixão envolve sempre os 2. Com Sub no meio ou sem Sub no meio.

LORDE NIKO:

Acho que a maturidade em entender que os dois (DOMS) são iguais, não um melhor que o outro, resolve o problema... Basta saberem trabalhar em equipe, relação é companheirismo, se existe isso entre os 2 já  é um fato considerável...

Tema 1: WAX PLAY


        
DOM LA:

O QUE É? Wax vem do inglês e significa cera. Todas elas. De abelha, de ouvido, de encerar o chão e o carro... e também de velas.
Sendo assim, Wax play é uma brincadeira (ou jogo) de adultos que envolve cera. Neste caso, de velas (não usem nenhuma outra, pelamordedeus!)
Por quê?
Wax play provoca uma gama considerável de sensações, indo de um leve calor à dor extrema semelhante à queimaduras em alguns locais onde a cera caiu, até uma sensação bastante prazerosa, ou, até mesmo "engraçada", na hora de retirar a cera da pele.
Como?
A vela
Antes de mais nada, você vai precisar de uma (ou várias) vela(s).
Então pode usar qualquer vela?
Não.
Mas tio, já vi gente usando aquelas velas de macumba, de cera de abelha...
Neste caso, são pessoas que, das duas, uma: Ou já conhecem muito bem o bottom e sabem que podem fazer isso sem correr tantos riscos, ou são Tops completamente irresponsáveis.
Velas comuns (comumente chamadas de vela de macumba) são feitas com adição de estearina pra dar mais "corpo" e consistência, mas a estearina é um composto tóxico e pode provocar reações alérgicas bem intensas em algumas pessoas.
Velas de cera de abelha são, quimicamente, seguras, mas seu ponto de fusão, quando não são coloridas, perfumadas ou nada do tipo, já é muito mais alto que as comuns (60°C-65°C).
Aquelas transparentes decorativas lindonas, pode?
Aí mesmo que não!
Essas velas são feitas de parafina gel (Gel Cristal ou Gelduro) e tem o ponto de fusão entre 95°C e 115°C (pra quem não sabe ou não lembra, água FERVE a 100°C), além de terem uma consistência viscosa e instável, podendo quebrar ou escorregar da mão ou recipiente, e causar um belo acidente. Como se não bastasse, a água "explode" em contato com o gel liquefeito, então o suor, ou qualquer umidade maior na pele pode causar um estrago inesquecível.
Poxa, mas tem uma vela prateada LIIIIIINDA!!! Deixa eu usar essa?
Claro! Vai ficar ótima na mesa do jantar.
Mas vai abrir um buraco na pele do seu bottom. Corantes metálicos aumentam o ponto de fusão das velas em muitos graus. Esses corantes, muitas vezes, são feitos com pó de metais como alumínio e cobre. Acho que já dá pra sacar que é perigoso, né?
Tá bom, então qual vela eu uso?
As velas mais indicadas são as de parafina "pura" ou de cera vegetal.
A vela de parafina pura é mais segura que a comum quanto às alergias e tem um ponto de fusão mais baixo (58°C-62°C).
A vela de cera vegetal é o paraíso pra quem não gosta da sensação da queimadura mas adora sentir a cera escorrer pelo corpo. Tem ponto de fusão entre 50°C e 55°C, menor chance de provocar alergias e, provavelmente pela composição química, fica com cores mais intensas.
Velas de sex shop também podem ser utilizadas, mas com cuidado para reações alérgicas. A temperatura destas velas costuma ser muito baixa, já que boa parte de sua composição é feita de hidratantes. (Se quer saber, é bem sem graça, nem vale a pena).


Como usar as velas
Ao usar velas pela primeira vez, recomenda-se que a vela esteja NO MÍNIMO a 50cm de distância do corpo do bottom (a minha bottom tem uma certa dificuldade com velas, sem motivo aparente... no nosso caso, eu começo a sessão com pingos caindo a quase 2 metros de altura, pra aliviar a temperatura da cera ao longo da queda). Com o tempo e com experiência essa distância pode até diminuir, mas siga esta regra no início e garanta a segurança da sessão. Entenda como funciona o corpo do bottom antes de decidir aproximar mais a vela. Também é recomendado começar com pequenas gotas e só depois passar para grandes quantidades, mais líquidas, que dão aquele efeito "escorrido" no corpo.

Pode-se escrever ou desenhar,  utilizando os pingos de cera

Pingue a vela em diferentes áreas do corpo, vá testando as sensações e as reações do seu parceiro. Onde parece mais confortável? Onde é insuportável? Onde é gostoso? Crie um mapa do corpo do bottom, de áreas que dão prazer e áreas que dão vontade de nunca mais fazer aquilo na vida... Peça que ele sinalize para que você aprenda a reconhecer os sinais.

Esperar que a cera fique líquida no topo da vela faz a temperatura aumentar e causa um efeito visual mais bonito. Quando a cera líquida acumular, vire a vela e derrame a cera no bottom.

Para cenas mais intensas, estimule os sentidos dele: vendas, amarras, cordas, tudo pode ajudar a intensificar a sessão. Outra ideia: deixe um copo com gelo e uma colher ou faca dentro e então passe o metal gelado no corpo do bottom antes de jogar a cera quente. Além de aliviar o choque inicial da cera quente, dá uma sensação contrastante deliciosa.Isso também pode ser feito depois de pingar a cera. A sensação de frio e calor, quando alternada, pode gerar reações de prazer se feita corretamente.