quinta-feira, 5 de abril de 2018

TEMA 8: Como se caracteriza a Personalidade BDSM


Nascemos ou nos tornamos Dominadores ou Submissos?
Como cada um reconhece a própria natureza Bdsm?

 RMNUDI:
Acredito que personalidade BDSM seja inata ao ser, por basear-se em emoções, obviamente que evoluímos e racionalizamos a situação.

DOM RAFA:
Acredito que a personalidade de cada pessoa nasce com ela. Para mim é genético o desejo de controlar ou de servir alguém, os meios de comunicação ajudam a propagação do estilo de vida.

THIAGO:
Como algo que nasce com a pessoa, basta deixar aflorar e perceber. Autoconsciência ajuda muito

NANDO:
Personalidade:
1.qualidade ou condição de ser uma pessoa.
2.conjunto de qualidades que define a individualidade de uma pessoa moral.
Personalidade é uma coisa que nasce com o ser humano, e vai se aperfeiçoando ao longo da vida, sofrendo influência do meio social, religioso e da família. Ela pode sofrer mudanças, mais sempre mantém aquela condição dentro de si. Um Dom nasce Dom. Ele pode ter feito papel de sub ou Sw, mais sempre se sentiu incomodado com aquela posição, sentindo que não estava completo. Que lhe faltava algo mais.

DOM LA:
Minha opinião
No CID, os desejos sexuais, tais como: masoquismo e sadismo se encontram catalogados como doenças psicológicas (acho absurdo isto a nível mundial), porém acho que ninguém nasce já Sub ou Dominador. Essa personalidade se forma, por alguns aspectos da vida, segundo Freud, e me corrijam os estudantes de psicologia, nos apenas o ID (espécie de instintos de sobrevivência), como tb o ego e  super ego se vão desenvolvendo. Tais desejos sexuais ou fantasias são encontrados no ID, ou seja, na parte inconsciente do nosso cérebro (contraditório, eu sei). Acredito que se nasce com uma certa pré disposição que só se efetiva quando conhecemos nossa história e nos aceitamos eu somos. Ao mesmo modo, nossas fantasias vem de acordo com o que vivenciamos. Acho que não existe uma personalidade BDSM e sim vários estilos ou modos de praticar e completar tais desejos. Hoje em dia é bem difícil seguir ou encontrar BDSM sem barreiras, que não esteja alterado em sua essência, devido a excesso de sexo selvagem, com tapas. Por isso acho necessário muito estudo e muita prática para nos apercebermos do que realmente queremos, e do que realmente nos estimula.

LORD NIKO:
Freud tbm tem seu ponto de vista a respeito do comportamento do indivíduo..  a forma com que a criança se comporta em suas brincadeiras define o adulto que ela será. Mesmo fora do BDSM existem pessoas com perfil de líderes e pessoas com perfil de seguidores... Dominantes e submissos. Não é a prática que determina se uma pessoa é Dom ou sub... O que determina é como uma se sente em relação à outra. Existe Dominador que curte ser fistado...
Baseio meu pensamento na observação de meu comportamento infantil (segundo Freud). Sempre fui um menino mandão. Se a brincadeira não fosse do meu jeito eu ficava com raiva. Será que traços desta personalidade já estavam ali, escondidos? Esperando a puberdade, período em que tudo acontece no corpo e na cabeça do adolescente?

PEDRO:
Vai soar estranho, mas nasci líder, Domino pessoas desde que me entendo por gente. Mas quando me é imposto algo ou quando me ameaçam, eu me torno submisso. Assim, me descobri submisso a um Dom, tenho muita sorte de ter a ele...

LORD NIKO:
Acho que vida social e BDSM têm esse contraste, alguns subs são líderes incríveis, em suas profissões... Mas dá porta pra dentro, entram de 4 em casa... Basta saber separar uma coisa da outra.

MARCI:
O que reconheço a este ponto é a vibração profunda de gozo, tesão verdadeiro em sentir q existe ali um MACHO, poderoso e forte que me dá prazer por ter prazer comigo. Centrado em minha volúpia, me erotiza satisfazer ao macho. Isso desde muito jovem ... aos 17/18 anos já me dedicava à veneração do corpo dos rapazes com quem fodia. E repassando etapas, reconheço precisos indícios de uma Submissão construída mesmo ao longo de 4 décadas de meu ainda atual matrimônio. Sempre curti ser gueisha de meu macho. No que toca a Dominação, exerci bem menos... escogitando métodos alternativos que permitissem manter a chama viva... até q recentemente, o encontro com um carinha speciale fez de novo ARDER meu velho e modesto ser Dom... nada q se compare porém, com o frisson da Submissão. Por isso, o segredo está no ELO D/S. Cada um dos 2 polos possui a chave de acesso ao prazer do outro. Enquanto juntos, vibram na pura sintonia de desejos satisfeitos.

VILSON:
Eu gosto de apanhar... Gosto no sentido de curtir estar vulnerável, ainda mais se o Dom for um tanto maior que eu. Não sinto prazer na dor, não me considero masoquista, mas me sinto realizado em estar naquela posição, estando vulnerável, sendo intimidado, usado, etc. O que acham disso?
Eu já contei que chorei de nervoso ao levar tapas na cara e socos de leve no peito... Isso que não foi nada hard... É uma sensação doida de se sentir subjugado.
Pena que o Dom que fez isso pegou leve e logo aliviou pra mim.
Queria sentir isso de novo e ir subindo em intensidade.


segunda-feira, 2 de abril de 2018

TEMA 7: O real significado de SUBMISSÃO.


Ser submisso é uma arte, assim como DOMINAÇÃO, mas o que se espera realmente do submisso, além de que se submeta a seu Dom?
E em caso de pseudo Doms ?
A escolha do Dom por parte do submisso põe em risco a essência da submissão?
Afinal, o que é submissão?

LORDE NIKO:
Existe uma razão única para possuirmos esses desejos, algo genético, espiritual, instintivo? A resposta é que compreendemos quem somos, e sabemos a que viemos. Um Dominante se destaca no grupo, comanda, lidera. Um inferior entende seu lugar e obedece, pra não ser punido. É natural, todo ser vivo tem essas características, nós do BDSM permitimos que essas características sejam acentuadas, e tal admissão nos permite experimentar a sensação do ser a nível máximo. Acredito ser capaz de identificar um submisso e um Dominador, apenas pela expressão. A maioria dos subs acha que qualquer um que dá ordens é um Dominante, e portanto obedece mesmo sem  sentir-se bem com a ordem.  Não sou a favor de rebeldia, nem de subs que questionam, falando de olho no olho. Gosto quando sugerem e exprimem opiniões, como seres pensantes. Não acredito na escolha do Dom por parte do sub, acredito que ele seja atraído, pela postura, pelo Tom de voz, pelo jeito, o olhar.... pelo ar de superioridade que o próprio sub viu e sentiu no Dom. Essa é a chave, a essência da submissão e por isso não se perde como perguntou, pelo contrário, se encontra.

THIAGO:
Ao meu ver submissão é algo que vem de dentro para fora. Também é um instinto que aflora, o de servir. O de ser subserviente. E ter prazer em satisfazer. Seja de que forma for. Precisa ser entendido que submissão não é um demérito ou um fardo a se carregar. Porque quem se sente assim precisa olhar para dentro de si. De todo modo, o sentir-se em todos os momentos  inferior ao Dominador e, principalmente, agir como tal, pode ser o básico na relação BDSM. E isso só vem quando temos autoconhecimento e buscamos nos aceitar.
Aceitar inclusive ser o outro lado da moeda da relação, aquele que irá esperar, entregar o seu melhor, fazer de tudo pelo prazer, satisfação e sorriso do seu Dono. Sabendo o seu lugar. Enfim, é não precisar merecer uma punição, porque soube fazer suas funções. A compreensão passa pelo saber se colocar em seu lugar. E de maneira natural, pois se houver algo feito sem entrega e sentimento, resultará mecânico, mas não somos máquinas. Mandar e obedecer é a linha divisora. Aliás, é muito mais do que isto. È a entrega de corpo e alma. Seja para uma tarefa, ordem, punição, castigo, satisfação, dedicação: para a obediência ou a inferioridade. Seja para o que seu Dono quiser...

DOM WANDER:
Certo q submissão é obediência.  
Mas o sub ainda tem direitos de acordo com o SSC
Assim sendo, ele sempre tem direito de escolha. Afinal é o couro dele q tá sendo usado.

DOM LA:
·                     O que se espera realmente do submisso? R- Na minha opinião a submissão está a ser muito desqualificada pelos erros de dominadores, se todos fossem sérios a submissão seria mais aberta, não seria necessário toda uma conversa infindável, visando o ganho de confiança. Repito, isto se todos os Dominadores fossem sérios.
·                     O real submisso não deveria de se submeter ou realizar o pedido de um superior, ou seja Dom? Mas e os pseudo Doms ? R- como referi em cima o BDSM cada vez é mais mal visto por causa dos pseudo praticantes que vêem o BDSM como uma forma de sexo selvagem e isso não é assim. Por isto, tanto os subs quanto Doms que realmente pretendem fazer o BDSM sério, são obrigados a eleger algumas coisas e proteções para não se prejudicarem, mas sim na minha opinião o submisso na realidade sem dono deveria obedecer sem questionar a um Dominador.
·                     Em que momento o submisso pode escolher seu Dom? Não se perderia um pouco a essência da submissão? R- acho que se não houvesse todo esse enredo, seria o Dom a eleger o submisso e não o contrário. Afinal, submissão é submissão... e o único prazer do mesmo seria dar prazer ao Dominador.
·                     Afinal o que é submissão? R: Para mim submissão é a entrega total ao seu dono, onde ele controla tudo o que se passa na vida do submisso, claro que existem os contratos etc., mas na minha opinião, e reforço... na minha opinião, tudo seria muito melhor se realmente o submisso pertencesse 100% ao Dominador.

NANDO:
Submissão: 1. condição em que se é obrigado a obedecer; sujeição, subordinação. "subm. às leis"; 2. disposição para obedecer, para aceitar uma situação de subordinação; docilidade, obediência, subalternidade. "subm. canina"
Ser submisso não é uma arte, ela é um "dom", você nasce com essa vontade de servir.
O problema de realizar os desejos do Dominador é que hoje em dia tem muitos que se intitulam Dominadores, mais na verdade são seres que desejam realizar suas vontades sem se preocuparem com a segurança de seus sub.s, na minha opinião o Dominador deve sim se preocupar com a segurança do sub, pois ele está com uma vida em mãos que por um erro, poderão matar em uma sessão.
Ao meu ver, o sub pode sim escolher um dom pq hoje há muitos mal intencionados que se aproveitam da situação. O sub deve escolher até mesmo para não cair na besteira de servir a um dom que de dom não teria nada.

MARCI:
Submissão é a pérola negra de Bdsm... centro de minha Alma ambígua.  Vibração sutil mas poderosa que já me fez tremer ... o contato recente com BIGWOLF do HAUSMEINGOTT de Vicenza, Italia foi importante pq com ele, estou acessando outras pessoas de lá, e ampliando minha percepção do universo Bdsm. É um fato de consciência... a minha vem sendo forçada a alargar-se e expandir na porrada.... desde a mais tenra infância, pra sobreviver (adoro o ex. que dei, do KU que deseje ser fistado....), Sobrevivi, até aki... e a consciência alargou.... agora: "Não me perguntem quem sou e não peçam pra permanecer o mesmo" kkkkkk . Mas digo isso pq sinto que inicio um percurso que não será fácil, exatamente como nada nunca foi.... pelo fato da LESMA ser meu animal de poder, acho que passei anos demais trancado naquela Universidade de 900 anos, estudando filosofia. E sem falta modéstia, apesar de narcisista, não sou bom em muitas coisas, mas onde um discurso faz água... alí eu sei enfiar o dedo bonitinho.... e enfio FUNDO.... pra doer. Tenho um natural detector de contradições, argumento no qual me especializei. Então sabe como é, fica difícil... Vou precisar de um tempinho pra encontrar um Homem autêntico e sincero, digno de minha CONFIANÇA, pra compartilharmos uma experiência intensa de D/S. O grupo tem um "bom/bocado" de hot dudes, porém distantes.... Enquanto isso, migalhas recolhidas aki e alí ajudarão a ampliar meus limites de suportação daquela dor que se mistura ao prazer, sei lá porque... ao prazer de ter um Macho que se de dedica a compartilhar contigo a ARTE extrema de Seu DOMÍNIO...e te treina.... um macho que te fere e te marca, te consola e te cura, Oxalá....

CAIO:
O tema é verdadeiramente instigante e faz com que os subs pensem sobre não apenas o que é o BDSM na vida deles, mas também pq se identificam como submissos. Pensando que submissão não é aquele conto de fadas no qual você obedece aquilo que está a seu alcance. Pelo contrário. Submissão é esforço, é força de vontade, é antes de tudo equilíbrio consigo e com o seu dominador, àquele a quem você entrega sua vida, seus anseios, seus desejos, sua permissão e sua liberdade. A submissão, em essência, não pode ser definida como algo, mas como o conjunto de atos, comportamentos, pensamentos, a forma como você segue sua vida e encara os desafios ao redor. Hoje creio que submissão de verdade se inicia no consciente de cada ser, e que a única forma de provar a si mesmo e aos demais que tipo de sub você se faz, seja por meio do cotidiano, da rotina, dos debates, do crescimento empírico e cognitivo que muitos espaços promovem. Por isso, temos tanto medo de pseudos dominadores, pois estes não nos fazem crescer. Nos desmotivam e nos questionam sobre a nossa essência. Eles podem ter acesso a algo valioso sem fazer disto um devido uso.
Ratifico que ser submisso não é apena dizer "Sim, Senhor" pra tudo o que um Dom diz. Muitas vezes discordar de um Dom para promover um debate interessante e fomentar o crescimento de ambos numa relação de poder, cada vez mais acentuado. Ser submisso é uma delícia. Sou suspeito pra dizer, mas não há nada melhor do que o sorriso sacana que os Doms fazem quando o sub sabe ser obediente, a sincronia que existe quando só o sub sabe exatamente o que o Dom quer e todas as palavras que ele não precisa dizer para que nos possamos entender o recado, e seguirmos felizes atendendo; pq essa é nossa sina. Sabe? É servir, antes do sexo, antes da vergonha, antes de todos os impasses, servir é o que nos move e nos caracteriza e nos molda.