(pesquisa Thiago)
Fala-se aqui em escravo
num contexto fetichista, portanto é um tratamento consentido e acordado entre
as partes. Para mim, por exemplo, representa uma das maiores realizações.
Neste texto vamos
abordar diferentes tipos de escravos em BDSM e tenho certeza de que você, submisso...
se identificará numa ou em várias possibilidades; ou mesmo, quem sabe, descobrirá
sua alma escrava.
Antes de mais nada,
precisamos definir a diferença entre submisso e escravo.
O submisso vai
primeiramente atender às necessidades do DOM, porém não terá obrigações que
ultrapassem o limite da sessão. Claro que de acordo com o estreitamento de
relações com o Dom uma ou outra tarefa lhe é dada para que não se perca a relação
Dominação/submissão.
Já
o escravo é aquele que entrega o controle para o Dom, por vontade
própria e sempre em um contexto são, saudável e consensual. Ele está à
mercê das vontades do Dom, dentro da relação de confiança e sabe que suas
vontades são as vontades do Dom. Ele deve cumprir ordens à risca, executar
tarefas sempre com perfeição e estar disponível para garantir conforto e bem
estar a seu Dono. A flexibilidade dar-se-á de acordo com a relação que for
moldada.
Desta forma, antes de
definirmos o que somos e almejamos, temos de ter consciência de que estamos dispostos
a nos doar. Vale aqui um trocadilho:
“Todo escravo é
submisso, mas nem todo submisso é escravo.”
Um pouco de História: A
escravidão (denominada também de escravismo, escravagismo ou escravatura) é a
prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro,
designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em
algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente
definidos como mercadoria. Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades
profissionais, idade, procedência e o destino.
O dono ou comerciante
pode comprar, vender, dar ou trocar por dívida, sem que o escravo possa exercer
qualquer direito e objeção pessoal ou legal, mas isso não é regra. Nem em todas
as sociedades o escravo era visto como mercadoria: na Idade Antiga, haja vista
que os escravos de Esparta, os hilotas, não podiam ser vendidos, trocados ou
comprados – isto pois eles eram propriedade do Estado espartano, que podia
conceder a proprietários ou direito de uso de alguns hilotas – mas eles não
eram propriedade particular, não eram pertencentes a alguém, o Estado que tinha
poder sobre eles.
FONTE: WIKIPEDIA
A escravidão da era
moderna está baseada num forte preconceito racial, segundo o qual o grupo
étnico ao qual pertence o comerciante é considerado superior, embora já na
Antiguidade as diferenças raciais fossem bastante exaltadas entre os povos
escravizadores, principalmente quando havia fortes disparidades fenotípicas. Na
antiguidade também foi comum a escravização de povos conquistados em guerras
entre nações. Enquanto modo de produção, a escravidão assenta na exploração do
trabalho forçado da mão de obra escrava. Os senhores alimentam os seus escravos
e apropriam-se do produto restante do trabalho destes.
Na civilização grega, o
trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções: os escravos podiam
ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de
arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para
os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto.
Muitos dos soldados do antigo Império Romano eram ex escravos.
Não posso me esquecer
de comentar sobre Os escravos de orelha furada. Alguns escravos se apegavam
tanto a seus senhores que poderiam optar por voluntariamente se entregarem como
escravos daqueles senhores até o final de suas vidas, sem volta para a
liberdade. Como um sinal da entrega, esses escravos furavam a orelha. Escravos
de orelha furada simbolizavam uma união de serviço e amor.
No BDSM, o escravo, de
forma Sã, Segura e Consensual, pode exercer diversas funções. Eis aqui algumas
destas funções:
Escravo Doméstico:
É encarregado de manter
o ambiente sempre limpo e organizado. Fazer faxinas pesadas, cozinhar para o
Dono, lavar roupas, passar. Deve estar sempre pronto para cuidar do espaço.
Este escravo também pode desempenhar a função de garçom nas festas ou eventos
organizados pelo Dom.
Escravo Sexual:
Esse sortudo é um
entretenimento erótico. Está à disposição para ser usado sexualmente por seu
Dom ou por outros Doms se for emprestado, e até por outro sub, se for a vontade
do Dom. Que fique claro que em dias de AIDS é consciente que o uso de
preservativo seja estritamente respeitado. E que fique claro também que nem
toda sessão tem obrigatoriedade de terminar em sexo.
Escravo Social:
Este bonito, geralmente
acompanha o Dom aos eventos. Figura nas festas. Independentemente de gostar ou
não do ambiente é a função dele acompanhar.
Escravo Whipping boy:
Este escravo geralmente
é um masoca (masoquista). É ele quem vai aguentar dor. Seja por castigo em
alguma falta cometida, seja por puro prazer do Dom em punir. Ele poderá receber
spank, tortura de mamilos, tortura de genitais, tortura por velas etc. Este quando
explora seus limites, descobre o prazer que é sentir dor.
Escravo Dog/ Pony:
É o escravo que vai
exercer a função de animal. Geralmente cachorro ou pony. Para este segundo
precisa ter força, pois ele vai levar seu Dono nas costas, como um cavalinho mesmo.
Ambos animaizinhos vão usar acessórios que normalmente os reais usariam e vão
se comportar como tal.
Escravo Objeto
inanimado:
Sim, existe, é fetiche,
gente. Ele pode ser apoio, para os pés, cadeira, abajur, penico, mesa, manequim
de loja e o que mais o Dom desejar que ele seja.
Money Slave:
É o escravo que sente
prazer em presentear ou ajudar financeiramente o Dom. Que fique claro que este
fetiche não deve servir de exploração por algumas pessoas que se intitulam
Dominadores somente para explorar o sub. Fetiche é uma coisa, exploração é
outra.
Um escravo pode ter
várias das características listadas acima. Na construção da relação, que será
discutida entre ambos, deve ficar claro o interesse por quais tipos de serviços
o escravo prestará e como será, podendo ser uma relação D/s em partes de tempo,
ou numa relação 24/7 esta última de entrega total.
Aproveitem e nunca
tenham vergonha de servir. Tenho certeza de que nossos DOMS terão orgulho do
escravo que têm, se deixarmos o escravo preso outrora dentro de nós ser liberto
para vivermos o fetiche.
(Fonte: Dom
Barbudo)
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